Merz apela a um rumo forte: a Alemanha deve assumir um papel de liderança na Europa!

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O Chanceler Friedrich Merz fala no Bundestag em 24 de junho de 2025 sobre o papel da Alemanha na Europa, a política de segurança e os desafios da OTAN.

Bundeskanzler Friedrich Merz spricht am 24.06.2025 im Bundestag über Deutschlands Rolle in Europa, Sicherheitspolitik und NATO-Herausforderungen.
O Chanceler Friedrich Merz fala no Bundestag em 24 de junho de 2025 sobre o papel da Alemanha na Europa, a política de segurança e os desafios da OTAN.

Merz apela a um rumo forte: a Alemanha deve assumir um papel de liderança na Europa!

Numa sucinta declaração governamental hoje no Bundestag, o Chanceler Friedrich Merz deixou claro que a Alemanha está “de volta à cena europeia e internacional”. Em meio a crises e desafios globais, Merz concentra-se no papel do país no mundo. Nesta ocasião, apelou a um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e apelou a um tratamento humano dos civis, especialmente mulheres, crianças e idosos. Merz observou que Israel tem o direito de se defender e destacou o apoio do Irão a grupos como o Hamas, o Hezbollah e a milícia Houthi, que acrescentam ainda mais complexidade à situação.

Outro tema central desta declaração foram os ataques aéreos russos em curso na Ucrânia. Merz condenou veementemente os ataques e enfatizou que a paz exige sempre a vontade de todas as partes. Criticou a Rússia por actualmente não mostrar qualquer vontade de fazer a paz e deixou claro que não era verdade que as opções diplomáticas no conflito na Ucrânia tivessem permanecido sem utilização. O Chanceler observou que o Presidente russo, Vladimir Putin, só entende “a linguagem da força” e que uma solução real só é possível desta forma.

Cimeira da NATO com vista à Ucrânia

Ao mesmo tempo, ocorrem desenvolvimentos no espaço internacional que também afetam a Alemanha. A próxima cimeira da NATO, que se realiza em Washington para assinalar o 75º aniversário da aliança, é dominada pelo conflito na Ucrânia. Discute a situação na Ucrânia, que está num impasse há algum tempo, especialmente depois dos ataques devastadores que ceifaram pelo menos 27 vidas em Kiev. Está previsto que os países da NATO prometam um total de 40 mil milhões de euros para a Ucrânia, embora o apoio dependa em grande parte das eleições nos EUA em Novembro. Donald Trump, que é considerado um crítico da NATO, desempenha aqui um papel fundamental, pois ameaça impedir a ajuda dos EUA à Ucrânia.

Outro aspecto preocupante é que a promoção da defesa aérea ucraniana é considerada um tema central da cimeira. A coordenação das entregas de armas também está a ser discutida, e uma nova sede em Wiesbaden pretende melhorar a logística. A ex-estrategista da NATO Stefanie Babst também apelou à Europa para desenvolver uma estratégia de contenção robusta contra a Rússia, mas isto é rejeitado pela Alemanha e pelos EUA. Estes desenvolvimentos mostram quão importante é uma política externa clara e decisiva.

As ambições de política externa de Merz

Neste contexto, Friedrich Merz tem planos ambiciosos para transformar a Alemanha de uma “potência média adormecida” numa “potência média líder”. No entanto, isto requer mais do que apenas desempenhos simbolicamente fortes. São necessárias linhas claras de política externa para sustentar a reivindicação de liderança de Merz. Os críticos observam que as contradições na sua posição, particularmente em relação ao conflito em Israel e na Ucrânia, podem comprometer os seus planos. É, portanto, essencial que Merz cumpra as suas promessas nas próximas cimeiras da NATO e da UE.

Merz está optimista quanto a uma solução para a disputa tarifária com os EUA e alerta que as tarifas “não beneficiariam ninguém” e prejudicariam todas as partes. Se não for possível chegar a um acordo, ele insistirá para que a UE defenda vigorosamente os seus interesses. As próximas semanas serão cruciais para o futuro não só da Alemanha, mas também para a estabilidade na Europa e fora dela. Onde estamos depois de todos esses desafios? Isso ainda está por ver, mas as abordagens de Merz devem agora ser traduzidas em acção.

Para muitos, o que resta observar é como a Alemanha se posiciona nestes tempos incertos e qual o papel que a Chanceler desempenhará na crescente responsabilidade internacional. Uma coisa é certa: os europeus olham para a Alemanha e esperam liderança.