Membro do clã no tribunal: ataque brutal a policial choca Berlim!
Um membro do clã de 21 anos está sendo julgado por atacar uma policial em Berlim. O incidente ocorreu após um acidente.

Membro do clã no tribunal: ataque brutal a policial choca Berlim!
Um membro do clã Remmo, de 21 anos, está sendo julgado hoje no tribunal distrital de Tiergarten, em Berlim. Ele está no centro de um incidente ocorrido na véspera de Ano Novo 2023/2024, quando houve um violento ataque a um policial. Durante a ocorrência, um parente do réu, de 15 anos, foi atropelado por uma viatura policial que trafegava com sirene e luzes piscando durante uma operação. O adolescente “de repente entrou na estrada” e depois teve que ser levado ao hospital, conforme relata rbb24.
Após o acidente, o réu teria aberto a porta do carro da polícia e dado vários socos no rosto do policial. As acusações incluem agressão a policiais, lesões corporais e resistência. Só com a intervenção de vários agentes policiais se conseguiu evitar algo pior, tendo o arguido inicialmente fugido do local, mas posteriormente identificado. Vestígios do DNA do homem foram encontrados no colete protetor da policial. No entanto, até agora ele permaneceu em silêncio sobre as acusações. Uma primeira tentativa de julgamento em fevereiro de 2025 falhou devido à sua doença, como Tagesspiegel acrescentou.
Crime de clã em foco
O incidente faz parte de uma discussão mais ampla sobre o crime de clã na Alemanha, que é frequentemente classificado como “crime de base familiar” e está associado a subculturas etnicamente insulares. Esta forma de crime é caracterizada por uma rede estreita de pessoas relacionadas que estão activas em diferentes países e estão sob pressão para se juntarem a actividades criminosas, explica Mahmoud Jaraba, que tem trabalhado com famílias alargadas árabes, turcas e curdas desde 2015. Embora muitos membros destes clãs não queiram o crime, muitas vezes encontram-se numa situação infeliz, como DW explica.
A polícia está ciente dos desafios. São realizadas verificações pessoais e comerciais regulares, bem como batidas em bares de shisha e barbearias. Esta abordagem é chamada de “política das 1000 picadas de agulha”. Estatisticamente falando, a proporção de crimes alegadamente cometidos por clãs em Berlim, na Renânia do Norte-Vestefália e na Baixa Saxónia situa-se entre 0,17 e 0,76 por cento de todos os crimes. As medidas baseiam-se em parte no “senso subjetivo de segurança” da população. No entanto, críticos como a criminologista Daniela Hunold expressam preocupações de que as estratégias utilizadas pelos políticos e pela polícia possam ser juridicamente problemáticas e ineficazes, o que não torna a luta contra o crime de clã mais fácil.
O julgamento de hoje é aguardado com ansiedade, tanto devido ao caráter explosivo da acusação como no contexto do debate em curso sobre o crime de clã na Alemanha. O caso é outro exemplo de como as estruturas criminosas afectam a sociedade e como o sistema de justiça lida com tais desafios.